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3 Dec
2021

Projetos sustentáveis ganham relevância na construção civil

Publicado em
3 Dec
2021
Projetos sustentáveis ganham relevância na construção civil

Profissionais da área acreditam que mercado imobiliário está mais envolvido na causa ambiental e temas como logística reversa e matéria-prima não tóxica entram na pauta do dia a dia

Sustentabilidade é a pauta da vez. Em um período de mercado imobiliário aquecido e um setor da construção civil que praticamente não parou, mesmo com a Covid-19, as discussões ficam por conta de buscar alternativas para aproveitar os recursos da natureza. “Uso da água da chuva e de painéis solares são as duas ações mais corriqueiras. O primeiro para limpeza e até mesmo descargas, e o segundo para aquecimento da água e geração de energia”, disse o presidente do Sinduscon Norte Paraná, Sandro Nobrega.

Na “parte verde”, áreas de horticultura, áreas de permeabilidade, jardins verticais, fachadas e telhados verdes, para diminuição da temperatura dos edifícios e refrescar as áreas de lazer. Outras ações sustentáveis, segundo ele, ainda estão em desenvolvimento. “Projetos de engenharia e arquitetura já contemplam edifícios com estrutura para carregar veículos elétricos, seja um carro, uma moto, até patinetes e bicicletas. É uma tendência irreversível”.

Brazil Versoza, conselheiro do CEAL (Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina) e diretor do CREA-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná) ampliou o leque de debate. “O que mais observo nas discussões são a redução da geração de resíduos sólidos, redução da emissão de gás carbônico, uso de matérias-primas não tóxicas e logística reversa”, pontuou. Iluminação e ventilação naturais, além da posição do edifício com um melhor conforto térmico também foram pontos citados pelo engenheiroeletricista.

RESÍDUOS SEGUEM COMO DESAFIO

Não é de hoje que os resíduos gerados pela construção civil impactam diretamente o meio ambiente e desafia o progresso das ações sustentáveis. No ponto de vista do presidente do Sinduscon, no entanto, as próprias construtoras já estão mais conscientes quanto ao problema. “Os espaços são mais escassos, tem a questão do carbono, e as tecnologias que possibilitam aproveitar esses resíduos já estão sendo aplicadas. Nos projetos dos novos prédios, já estão sendo construídas áreas adequadas para separação do papel, do vidro, do plástico e da parte orgânica. Isso sem falar na coleta do óleo vegetal”.Já Versoza indicou que algumas iniciativas dependem de quem habita os espaços, e não de quem constrói. “Uma coleta seletiva ajuda muito a reduzir os impactos causados pelo lixo e ainda reverte em benefício aos moradores. Talvez o que falte seja a conscientização de todos os envolvidos no setor imobiliário que a partir do momento que construímos sem agredir o meio ambiente, garantimos um mundo melhor para nós e para as futuras gerações”, acrescentou o conselheiro do CEAL.

CONSUMIDOR MAIS EXIGENTE

Perguntados se o consumidor está mais rigoroso quanto às opções de moradia, tanto Sandro Nobrega quanto Brazil Versoza sinalizaram positivamente e fizeram suas ressalvas. O presidente do Sinduscon apontou que há parcelas de todos os níveis sociais que possuem suas exigências, e associou à parte financeira. “Quem pode pagar mais, acaba por exigir mais”. E expandiu seu pensamento. “As pessoas querem ter um ambiente de bairro para circular a pé ou de bicicleta, por exemplo. Estão buscando que a escola, o curso de inglês dos filhos, estejam mais perto. Outra tendência é de descentralizar os negócios menores, mais próximos às habitações, também em prol da sustentabilidade, para deslocamentos mais curtos”, explicou.Versoza atribuiu a um crescimento na conscientização da sociedade, como um todo. “A preservação do meio ambiente é um assunto que as vezes provoca algumas polêmicas, mas felizmente num número cada vez menor de pessoas", afirmou.

PARCERIAS COM A INICIATIVA PRIVADA PODEM AJUDAR

Como uma maneira de incentivar as ações sustentáveis, o presidente do Sinduscon Norte Paraná sugeriu formas de o próprio Município de Londrina ser um agente fomentador e exemplo sustentável para os setores públicos e privados. “Temos muitas áreas em Londrina que poderiam ser utilizadas para geração de energia por meio da captação de energia solar, como os terminais de ônibus, a rodoviária, os prédios públicos em geral, como escolas e UBS. O próprio município poderia estabelecer parcerias com a iniciativa privada, onde o setor particular explore a tecnologia e o poder público se beneficie disso em diversas frentes, como na iluminação pública, nas áreas verdes com água de reuso, por exemplo”. apresentou Nobrega.

Essa ação, segundo ele, ajudaria na criação de um círculo virtuoso: “setores interligados, que podem gerar emprego, renda, impostos como o ISS, mão de obra qualificada com carteira assinada, empreendedorismo, todos os tamanhos de negócios. Precisamos trazer gente que está fora do mercado para dentro do mercado. Para isso, não é só o setor privado. O setor público precisa cumprir um papel importante em apontar caminhos, em mostrar que está fácil fazer”, concluiu.

Para Versoza, o poder econômico também já deu esse sinal há algum tempo. “Grandes investidores aportam seus recursos em empresas que tenham assimilado o cuidado com o meio ambiente, responsabilidade social e sistema de gestão inteligente. Com as pessoas passando mais tempo em casa nesta pandemia ficou mais evidente que elas querem qualidade de vida, querem conforto mas sobretudo querem utilizar bem os recursos disponíveis sem desperdícios”, finalizou.

Fonte: Folha de Londrina

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