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5 Oct
2021

Inovação permeia debate do Masterplan de Londrina

Publicado em
5 Oct
2021
Inovação permeia debate do Masterplan de Londrina

O papel da inovação para o desenvolvimento regional é uma das chaves para o planejamento Masterplan Londrina 2040, iniciado no fim do ano passado e que, na fase atual, busca a participação da sociedade londrinense para definir os principais objetivos e as propostas para atingi-los em duas décadas. Contratado pela prefeitura de Londrina e comandado pela consultoria carioca Macroplan, especializada na identificação e construção de cenários futuros, o projeto iniciou uma série de oficinas com governanças locais para identificar como o ecossistema enxerga a cidade e como pretende ser um dos agentes dessa transformação.

Nesta segunda etapa, porém, os coordenadores da proposta buscam uma maior participação popular e também de profissionais ligados à inovação, para enriquecer o debate, por meio do portalwww.2040.londrina.pr.gov.br. Ao menos metade dos conceitos que estão entre os mais citados estão ligados à área. Aliás, a associação e a organização em grupos, governanças e entidades que debatem o uso de soluções de base tecnológica para o desenvolvimento de Londrina e do Norte do Paraná têm origem em planejamentos estratégicos anteriores na região, o que aumenta a responsabilidade do setor.

O próprio Fórum Desenvolve Londrina, criado em 2005 para planejar o futuro de olho no centenário da cidade, em 2034, traz no “Planejamento estratégico de cidades – 2019” um histórico de iniciativas tomadas no Norte do Paraná com o intuito de propor um futuro mais próspero e organizado para a região. No documento, há a citação do Projeto Metronor, que trabalhou a proposta de uma metrópole linear no eixo Londrina e Maringá, ainda nos anos 70; do Plano de Desenvolvimento Industrial (PDI) de Londrina, de 1995; da Associação do Desenvolvimento Tecnológico de Londrina e Região (Adetec), em 1998; e do mapeamento e organização do ecossistema de inovação de Londrina, que começou em 1997 e segue dando frutos, como na criação em março passado dagovernança de instituições de ensino superior (IES), entre outras.

Rodrigo Souza, consultor da Macroplan e coordenador do Masterplan Londrina 2040, afirma que as oficinas são virtuais, por conta da pandemia de covid-19, com a participação de 20 a 30 pessoas de cada governança. Os grupos debatem o que esperam para 2040, quais são as prioridades, quais devem ser as estratégias e, a partir da terceira fase, em julho, quais serão as metas dos projetos.

“O que vai aparecer no Masteplan não é completamente novo, algo que ninguém sabia que poderia acontecer. É uma organização das ideias de acordo com o que a sociedade espera e para que essa sociedade se junte nesse trabalho”, diz Souza.

Como ponto de partida, a consultoria levantou indicadores econômicos regionais desde 2009. Constam ali dados como a redução dos empregos industriais de 19% para 13% do total e uma prevalência de micro e pequenas empresas em relação a cidades usadas como comparativo (leia mais abaixo).

Como exemplos de locais que tiveram bons resultados com projetos do tipo, Souza cita cidades como Belo Horizonte e Niterói (RJ), além do Espírito Santo. “Elaborar esses planos dá frutos porque vai na veia do que a população precisa. Não resolve tudo, mas o cidadão sente que a situação melhorou. E não precisa de uma montanha de dinheiro, mas de foco. A administração pública costuma ser dispersiva, porque tenta atender interesses de muitos lados”, afirma o coordenador do plano.

Por outro lado, ele cita um exemplo de um estado em que a apresentação de propostas dentro do plano passou a constar em lei, aprovada em assembleia legislativa, mas que nem sempre é executada. “O risco principal é um esperar o outro, o outro esperar o um, e nada acontecer. Não conheço experiência que tenha dado certo sem capital pessoal, engajamento.”

PARTICIPAÇÃO

Roberto Moreira, diretor de ciência e tecnologia do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), afirma que o setor de inovação tem sido bastante participativo. “Foi feito um laboratório com o APL de TIC (Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação e Comunicação) e deu tão certo que todas as governanças nos comunicaram e disseram que queriam fazer oficinas.”

Ele conta que um dos conceitos mais repetidos sobre Londrina é o fato de a cidade ter perfil inovador, então é importante ouvir profissionais do setor, mas não apenas. “Nossa preocupação é envolver mais pessoas, com várias oficinas, ter a participação popular com associações de bairro e conselhos municipais.”

Nas oficinas relacionadas ao setor de construção, Murillo Braghin, presidente da governança iCon e head de inovação do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Norte do Paraná (Sinduscon Norte), afirma que o trabalho reuniu ideias que dão prosseguimento a ações já existentes e novas demandas.“Colocamos investimento em pesquisa e inovação, retenção de talentos por meio de ambientes de inovação, criação de centro tecnológico de pesquisa e empreendedorismo, isso quando entramos na vertente de inovação. Políticas e incentivos como a rua inteligente da Sergipe, é disso que precisamos”, diz. Ele ainda pediu que interessados em debater o Masteplan entrem em contato pelogrupo de WhatsApp do Icon.

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