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11 Oct
2021

Em meio à crise, mercado da construção civil inicia novo boom

Publicado em
11 Oct
2021
Em meio à crise, mercado da construção civil inicia novo boom

Construtoras de Londrina comemoram sucesso de vendas de lançamentos e projetam crescimento sustentável para os próximos

A combinação de juros baixos, demanda reprimidapor moradiae a pandemia da Covid-19 quefezmuita gente repensar oespaçodomésticolevouao reaquecimento do mercado imobiliário e da construção civil. Apesar dagravecrise econômicaenfrentada pelo país,a maior das últimas décadas,as construtoras comemoram o sucesso devendas deseus lançamentose projetam crescimento sustentável para os próximos anos, com excelentes perspectivas de negócios.

Pesquisa realizada neste ano pelaDatastore, empresa especializada em pesquisa para o mercado imobiliário, apontou que mais de 14,5 milhões de famílias têm intenção de adquirirum imóvel nos próximos dois anos, o que corresponde a uma alta de 28,7% no índice de compra nos segmentos popular, médio padrão e alto luxo.Desse universo de potenciais compradores,quase 60% planejam a compra do imóvel ainda em 2021, somando8,4 milhões de famílias.Segundo aDatastore, esse índice não era observado desde 2009.

Londrina viveu um boom da construção civil no início da década passada, com uma profusão de lançamentos egrandeexpansão das empresas do setor. A partir de 2014,começou um período de retração do mercado que se estendeu até 2018.Nesse período, as construtorascomercializaram os estoques,reforçaram seus caixaserealizaram um trabalho de capitalização e preparação paraum crescimentofuturo.Ainversão dacurva descendente começouem 2019e, no ano passado, mesmo com a pandemia,o setor voltou a crescer.

Comnegóciosem Londrina, Maringá, Curitiba e Campinas,o GrupoA.Yoshiideverá encerrar 2021 com17lançamentos, entreempreendimentosdaA.YoshiieYticon.No portfólio da construtora, hádesde unidades complantasmenores, financiadas peloprograma Casa Verde e Amarela, do governo federal, até imóveis de alto padrão. “Para todos os produtos lançados,a velocidade de venda está muito alta,muito superior à velocidade de venda do passado,de tal forma que nos permite buscar novos lançamentos”, disse o diretor executivo do GrupoA.Yoshii, Rogério Venturini.“Com a vinda da pandemia, as pessoas começaram a procurar um lugar melhor para estar e, com isso, movimentou bastante o segmento imobiliário no Brasil em geral. A gente conseguiu oferecer novos lançamentos, qualidade de vida, área de lazer, enfim, o que as pessoas estão procurando com a pandemia, que foi um grande motivador, atrelado às baixas taxas de juros e à questão dos investimentos”, avaliou.

Dados da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) mostram um crescimento de 60% no número de novos empreendimentos no segundo semestre de 2021 quando comparado a igual período do ano anterior.

“Nos últimos cinco anos, temos crescido constantemente, entre 23%”, destacou o diretor do GrupoPlaenge, MarceloResquetti.Presente em Londrina, Maringá,Curitiba, Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Joinville (SC), Porto Alegre (RS), Campinas e São Paulo (SP) e também no Chile, ondeestá desde 2009, a construtora contabiliza 14 lançamentos neste ano, entre aPlaengee aVanguard. “Devemos fazer, até o final do ano,entre seis e oito lançamentos. Isso deve chegar no total de R$ 2 bilhões”, prevê o diretor.

Os dados sobre as vendas líquidas do grupo nos últimos três anos revelam aevolução dodesempenhono mercado. Em 2018, aPlaengeregistrou R$ 946 milhões em VGV (Valor Geral de Vendas); em 2019, foramR$ 1,321 bilhão; em 2020, R$ 1,587 bilhão e a estimativa para 2021 é de R$ 2 bilhões- alta de mais de 50% no período.

“No final de 2019 e em 2020 a gente estava em uma realidade de baixa de estoque e as pessoas procurando por imóveis, querendo morar melhor. Houve aumento da procura por apartamentos e o movimento não parou. Junto com isso, os juros estavam baixos e ainda é um dos mais baixos e issosempre impulsiona a investir em imóvel, que é patrimônio a longo prazo”, analisouResquetti, acrescentando os bons resultados do agronegócio à lista de fatores quecontribuíram paraimpulsionaro setor da construção civil.

A Quadra Construtora passou todo o ano de 2019 sem lançarempreendimentos. Quando 2020 chegou, a empresa estava em processo de recuperação do volumede lançamentos e, mesmo com as incertezas geradas pela pandemiade Covid-19, alguns projetos foram levados adiantee a construtora fez dois lançamentos.Diante das boas perspectivas de mercado, a construtora manteve o seu planejamento e, neste ano,colocou à venda quatro novos empreendimentos. Desde 2019, o volume de lançamentos cresceu100%, calcula a diretora de Incorporações e Novos Negócios da construtora, Fernanda Pires.“Houve uma aceleração no segundo semestre de 2020 e primeiro semestre de 2021 e os lançamentos vão estourar no final desse semestre e primeiro semestre de 2022.”

Para acompanhar as novas exigências dos compradores e adaptar os produtos às necessidades surgidasa partir das medidas de isolamento social impostas pela pandemiade Covid-19,a construtora fezalterações nas plantas originais, com a inclusão de espaços pensados para as famílias que hojetêm na casa não só um espaço de descanso, mas de trabalho, estudo e lazer.As vendas vêm superando asexpectativas ea diretora está bastante otimista em relação ao futuro do mercado.“Acredito que a gente tenha, nos próximos dois anos, uma manutenção do crescimento em lançamento e se não tiver nenhum agente externo preocupante, que a desaceleração seja suave. O novo ciclo de crescimento deve ser vigorosoeduradouro”, disse Pires.

A alta nos preços dos insumos ainda é uma preocupação para as construtoras, assim como a escassez de mão de obra, mas a diretora da Quadraenxerga, nesse novo boom, uma maior capacidadedo setor de suportar um ciclo de desenvolvimento mais sustentável. “Quando cresce de forma sustentável, o ciclo é mais duradouro.”

“O ano de 2021está sendo muito bom. A única rusga é o custo de materiais, insumos e mão de obra. Fazia 20 anos que não tinha um aumento de custos de construção de uma formadesmensurada e tão rápida. Estamos tentando digerir para ver como vai ficar”, afirmou o vice-presidente do Sinduscon(Sindicato da Indústria da Construção Civil) Paraná Norte, GersonGuariente. Apesar dospercalços da alta de custos e falta de mão de obra, elevislumbra um crescimento “constante e firme” nos próximos cinco anos. “O imóvel é um investimento extremamente atraente porque não perde preço. Emum olhar de médio prazo, é um grande investimento.”

Níveis de emprego e arrecadação são termômetros do mercado

Os níveis de geração de empregos e a alta na arrecadação de impostos como o ITBI e o ISS funcionam como indicadores do mercado da construção civil. Há oito meses seguidos a construção civil registra saldo positivo na abertura de vagas de trabalho, segundo dados do NovoCaged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência.O mais recente relatório, deagosto de 2021,aponta a criação de 32.500 novos postos de trabalho formais no paísno setor da construção civil. Foi o terceiro melhor saldo de novos empregos criados pelo setor neste ano, ficando abaixo apenas de janeiro, quando foram abertas 43.927 vagas, e de fevereiro, com 44.133 profissionais contratados.

Em Londrina, desde janeiro, a construção civil mantémresultados positivos na geração de vagas. Em agosto, o saldofoide 156 postos de trabalho, atrás de janeiro, quando foram criadas 455 vagas, março (245) e maio (228).Dados do mercado mostram ainda que a média salarial dos profissionais do setor, de R$1.843,79, supera a média nacional, calculada em R$ 1.792,07.

Na arrecadação de impostos, os resultados também são animadores. Em Londrina, a Secretaria Municipal da Fazenda viu areceita superar as previsões feitas no início do ano. Para todo o ano de 2021, a secretaria esperava recolher R$ 68,473 milhões com o ITBI, mas nos primeiros oito meses, o volume foi de R$ 58,692, indicando que o resultado final irá ultrapassar os cálculos iniciais. Em 2020, no mesmo período, o volume ficou em R$ 38,368, uma alta de 52,97%.

“Isso é um reflexo do mercado imobiliário. Houve uma redução na taxa de juros que impactouo setor. E com a pandemia e o isolamento, as pessoas que antes investiriam em outras coisas acabaram se voltando para o investimento imobiliário”, avaliou a secretária municipal da Fazenda em exercício, WandaYaekoKono.

Também houve aumento na arrecadação do ISS, com um volume22,92%maior do que o recolhido no ano passado, na avaliação do período de janeiro a agosto. Em 2020, nos primeiros oito meses, o pagamento do tributo rendeu R$ 148,036 milhõesaocaixado município. Neste ano, foram R$ 181,971 milhões. “É um volume que surpreendeu, mas desde o ano passado, mesmo na pandemia, a gente começou a perceber esse aumento, esse comportamento do mercado imobiliário se aquecendo”, disseKono.

Fonte: Folha de Londrina

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